Da Redação
Na última semana de outubro (de 21 a 24), a equipe do Laboratório da Chammas Engenharia se uniu em prol de um sonho: a acreditação na ISO/IEC 17025:2017. Segundo Tadeu Castro, líder dos laboratórios da Chammas, mestre em geotecnia e engenheiro civil, dentro do sistema há uma matriz de responsabilidade e de capacitação dos colaboradores e isso causou uma boa impressão perante aos auditores.
Tadeu conversou com a nossa equipe de Comunicação, um dia após a notícia da recomendação para a acreditação. Na ocasião, ele exaltou o trabalho iniciado há quatro anos, o empenho da área da Qualidade no processo e, principalmente, o engajamento de toda a equipe do Laboratório Central e de campo no processo de acreditação. O resultado da conversa rendeu uma entrevista que desenha o processo percorrido pela equipe no último ano até a coroação final e destaca a relevância da gestão focada na qualidade. Acompanhe o resultado do bate-papo.
Tadeu Castro é o entrevistado e líder dos laboratórios da Chammas, mestre em geotecnia e engenheiro civil
Como foi o processo de acreditação da ISO/IEC 17025:2017? Como foi o processo e como tudo ocorreu internamente?
TADEU CASTRO: A acreditação na ISO/IEC 17025:2017 é uma norma de qualidade específica para laboratórios, que estávamos pleiteando e amadurecendo há, pelo menos, quatro anos. Agora, com mais “braço” dentro da empresa, uma área de Qualidade mais robusta e processos mais bem definidos e maduros, “entramos de cabeça” nessa empreitada.
O processo é dividido em algumas etapas, sendo a primeira a preparação de toda a documentação para a acreditação. Nessa documentação, descrevemos o plano de qualidade, evidências e registros que precisam estar aderentes às práticas exigidas pelos itens da norma ISO 17025. Nosso time vem construindo essa documentação de gestão há, pelo menos, um ano, de uma maneira mais robusta e orientada, com a área de Qualidade dedicada ao Laboratório Central.
Na primeira etapa, essa documentação é enviada por meio de um sistema do INMETRO (responsável pela concessão e acreditação), que coordena a gestão. Ela é previamente analisada por auditores externos, que podem ser contratados ou representantes do órgão. A partir daí, a documentação é analisada quanto aos aspectos de gestão e escopo do que será acreditado.
Nesse processo de construção que levou um ano, como ocorreu o processo geral?
TADEU CASTRO: Nesse processo, passamos por várias auditorias internas, e, quando foram identificados desvios e não conformidades, realizamos tratativas. Além disso, é durante essa etapa que definimos o escopo que nos propomos a acreditar na norma ISO/IEC 17025:2017.
Nesse contexto, buscamos definir quais metodologias técnicas (normas específicas) dos serviços que prestamos queremos acreditar. Para isso, participamos de um Programa de Proficiência em Ensaios, organizado por um laboratório externo (acreditado nesse mesmo escopo), além de contar com um sistema de gestão também acreditado.
Em outra etapa, realizamos ensaios interlaboratoriais, em que trocamos amostras iguais com outros laboratórios. Os resultados são comparados entre todos os laboratórios, e os desvios são analisados com base nos resultados finais. Assim, se atingirmos a aderência esperada, podemos afirmar que se trata de uma amostra exaustivamente testada.
Houve algum desvio no processo de acreditação?
TADEU CASTRO: Tivemos apenas uma recomendação para tratar, um desvio muito pequeno, para o qual já temos um plano de ação. Trata-se de algo bem irrelevante para o processo, mas estamos lidando com abrangência em todo o laboratório.
Nosso processo é bem interessante, pois, normalmente, os laboratórios recebem recomendações para tratar múltiplos desvios. Em alguns casos, essa não conformidade não compromete o resultado, o que não impede a recomendação para a acreditação, mas precisa ser tratada.
Quais foram os pontos altos do processo de acreditação na sua visão?
TADEU CASTRO: Nossa gestão de laboratório é bastante sistemática, com processos orientados a dados e boa maturidade de uso. Hoje, utilizamos o software da Simple Lab para sistematizar todo o nosso processo. Nossa metodologia de trabalho está completamente documentada, assim como a gestão de responsabilidades e os treinamentos dos nossos colaboradores.
Dentro do sistema, há uma matriz de responsabilidades e capacitação das pessoas, o que facilita toda a gestão. Isso, aliás, causou uma boa impressão nos auditores. Além disso, o que foi MUITO elogiado foi a capacidade técnica, de gestão e operacional da nossa equipe.
Nesse cenário, os auditores se sentiram bem acolhidos, considerando a agilidade na entrega das informações, graças à estrutura organizada das nossas ferramentas de armazenamento de dados. Dessa forma, conseguimos responder rapidamente. O acompanhamento da auditoria contou com o esforço de toda a equipe, que demonstrou desenvoltura técnica nas respostas e na execução dos métodos de ensaio.
Como ocorreu o processo de auditoria?
TADEU CASTRO: Recebemos dois representantes do INMETRO, sendo um representante técnico da área de engenharia com expertise no escopo que estavámos sendo acreditado. E outro auditor da parte de gestão, que verifica se temos um sistema de gestão da qualidade robusto e adequado aos requisitos da ISO 17.025.
Inicialmente, nosso principal objetivo era acreditar o sistema de gestão, ou seja, a nossa documentação, a forma como trabalhamos e geramos nossos controles para a garantia da qualidade dos resultados em todos os aspectos – sejam eles aspectos comerciais, de pessoas e de processo. E conseguimos isso sem nenhuma não conformidade.
Enfim, sobre todas as disciplinas solicitadas na norma, nosso sistema de gestão agora é acreditado. Esse é o primeiro passo, porque basta solicitarmos a extensões de escopos e, assim, alimentar a acreditação com proficiência e cumprimento à metodologia normativa em outros serviços que também executamos.
Com certeza, o representante do INMETRO nos visitará novamente. Já que não pretendemos parar por aqui. Vamos continuar acreditando e estendendo o escopo da acreditação por confiar nos nossos serviços e nas normas técnicas de referência – sejam elas nacionais ou internacionais. Isso foi só o começo mesmo da acreditação. Nós tivemos uma experiência boa e estamos motivados em continuar esse processo.
Quais os próximos passos?
TADEU CASTRO: A gente entende na implantação da cultura que a norma traz, no cumprimento aos requisitos de medição daquilo que é importante. Isso é crucial para o nosso negócio. Porque temos hoje vários laboratórios instalados na estrutura do cliente, um sistema de gestão e um organograma da empresa distribuído, o que facilita a implantação de maneira orgânica dessa cultura no nosso dia a dia para os demais laboratórios instalados no cliente.
Em relação à gestão, o que podemos destacar?
TADEU CASTRO: No nosso software que é Geolabor existe um LIMS que é ferramenta de trabalho. Isso também facilita muito a gestão dos equipamentos e das especificações técnicas do cliente. No nosso dia a dia, isso é rotineiro com controle dos indicadores, das entregas e das taxas de aderência aos prazos do cliente. Dessa forma, o que implantamos no Laboratório Central, pulverizamos para os laboratórios de campo.
Por isso, a ISO 171025 é muito importante para um laboratório de Geotecnia. Já que o mercado em geral está vivendo um momento de valorização cada vez maior da qualidade e confiabilidade dos dados. E na Chammas, estamos enxergando isso como parte da nossa estrutura organizacional. Todo esse contexto era exatamente o que precisávamos para poder melhorar continuamente todas essas entregas que temos para os clientes e melhorar continuamente nossos serviços. Assim, como a abrangência de tudo que a gente trata dentro do laboratório central em termos de não conformidade. Até porque, cada detalhe é tratado com muito zelo, sabe?
Então, se acontece uma não conformidade em nossas inspeções rotineiras, tratamos isso com abrangência para todos os laboratórios. Por exemplo: eu fiz uma inspeção no laboratório no estado Pará e identifiquei uma não conformidade. Ela é tratada com abrangência para todos os outros laboratórios que temos, inclusive para o Laboratório Central. Isso facilita o processo, já que a gestão das tratativas é feita por um responsável por cada área dentro do setor. Isso envolve a parte técnica e, quando necessário, a equipe de Segurança e Qualidade como um todo.
Tudo traz maturidade e aprendizado ao nosso processo, porque começamos a aprender não apenas com os erros. Aprendemos com os desvios que podem ocorrer nas outras estruturas instaladas no cliente. A partir disso, surgem planos de ações que disparamos e ações corretivas com o foco em melhoria contínua.
Esse processo faz com o que toda a equipe esteja em completa sintonia, né?
TADEU CASTRO: Exato. É exatamente isso, todo mundo interligado. Temos reuniões semanalmente de Plano de Desenvolvimento de Competências (PDC) com todos os gestores dos projetos e discutimos vários pontos. Nessas reuniões, discutimos de forma proativa os pontos de qualidade, gestão de calibração de equipamentos, confecção de documentação de qualidade do cliente, aderência aos indicadores de prazo dos ensaios, tratativa de desvios de refugos de ocorrências, por exemplo.
Assim, fazemos a gestão de acompanhamento dos projetos que não estão localizados fisicamente próximo da nossa estrutura central. Acompanhamos – seja remotamente ou com as inspeções de campo – o desempenho desses projetos com um coordenador técnico de campo e a nossa coordenadora de Qualidade. Tudo com o intuito de registrar não conformidades, verificar como está a aderência e as várias disciplinas que são requeridas na norma e conforme a nossa metodologia de processo interno. A partir disso, atribuímos indicadores, notas e avaliações. Sendo que os desvios que são encontrados são acompanhados, durante todo o ano, assim como a evolução das tratativas.
Essa metodologia proativa (de não deixar “pontas soltas”), de acompanhamento e inspeção deixa nosso trabalho transparente, para que o colega possa nos auditar e possamos trabalhar da mesma forma. É só assim que vamos, realmente, criar uma melhoria contínua no nosso processo, entregar mais valor para o cliente, resultados com mais confiabilidade, verificar oportunidades de melhoria de treinamento da nossa equipe, garantir a padronização e a forma como entregamos os resultados.
É muito importante salientar que a acreditação é um sonho que a nossa equipe vem sonhando há quatro anos. Tivemos agora a recomendação e temos uma boa expectativa de que seja e vire a nossa acreditação na ISO 17.025. Mas é muito importante dizer que a nossa expectativa com a acreditação era conhecer a norma, aplicá-la na prática e estender para as nossas operações de laboratório no dia a dia.
Quais foram os pontos altos do processo de acreditação na sua visão?
TADEU CASTRO: Nossa gestão de laboratório é bastante sistemática, com processos orientados a dados e um alto nível de maturidade no uso. Hoje, utilizamos o software da Simple Lab para sistematizar todo o nosso processo. Nossa metodologia de trabalho está completamente documentada, assim como a gestão de responsabilidades e os treinamentos dos nossos colaboradores.
Dentro do sistema, há uma matriz de responsabilidades e capacitação das pessoas, o que facilita toda a gestão. Isso, aliás, causou uma boa impressão nos auditores. Além disso, o que foi MUITO elogiado foi a capacidade técnica, de gestão e operacional da nossa equipe.
Nesse cenário, os auditores se sentiram bem acolhidos, considerando a agilidade na entrega das informações, graças à estrutura organizada das nossas ferramentas de armazenamento de dados. Dessa forma, conseguimos responder rapidamente. O acompanhamento da auditoria contou com o esforço de toda a equipe, que demonstrou desenvoltura técnica nas respostas e na execução dos métodos de ensaio.
Como ocorreu o processo de auditoria?
TADEU CASTRO: Recebemos dois representantes do INMETRO: um auditor técnico da área de engenharia com expertise no escopo que estávamos buscando acreditar, e outro auditor da área de gestão, que verifica se temos um sistema de gestão da qualidade robusto e adequado aos requisitos da ISO 17025:2017.
Inicialmente, nosso principal objetivo era acreditar o sistema de gestão, ou seja, nossa documentação, a forma como trabalhamos e geramos nossos controles para a garantia da qualidade dos resultados em todos os aspectos — sejam eles comerciais, de pessoas ou de processos. E conseguimos isso sem nenhuma não conformidade.
Assim, nosso sistema de gestão está recomendado para a acreditação em todas as disciplinas solicitadas na norma. Esse é o primeiro passo, pois podemos solicitar extensões de escopo e, assim, fortalecer a acreditação com proficiência e cumprimento da metodologia normativa em outros serviços que também executamos.
Certamente, o representante do INMETRO nos visitará novamente, pois não pretendemos parar por aqui. Vamos continuar em busca da acreditação e com a expansão do escopo do nosso trabalho, confiando na qualidade dos nossos serviços e nas normas técnicas de referência, sejam elas nacionais ou internacionais. Esse é só o começo e estamos motivados a continuar o processo.
Quais são os próximos passos?
TADEU CASTRO: Na implantação da cultura trazida pela norma, focamos no cumprimento dos requisitos de medição daquilo que é importante. Isso é crucial para o nosso negócio, já que temos hoje vários laboratórios instalados na estrutura do cliente, com um sistema de gestão e um organograma distribuído. Essa estrutura facilita a implantação orgânica dessa cultura no nosso dia a dia e nos demais laboratórios instalados no cliente.
O que você destacaria na gestão?
TADEU CASTRO: No nosso software Geolabor, utilizamos um LIMS, que é a nossa ferramenta de trabalho. Isso facilita muito a gestão dos equipamentos e das especificações técnicas do cliente. No dia a dia, isso inclui o controle dos indicadores, das entregas e das taxas de aderência aos prazos do cliente. Dessa forma, o que implantamos no Laboratório Central é replicado nos laboratórios de campo.
Por isso, a ISO 17025 é muito importante para um laboratório de Geotecnia, pois o mercado valoriza cada vez mais a qualidade e a confiabilidade dos dados. Na Chammas, enxergamos isso como parte da nossa estrutura organizacional. Trabalhamos transversalmente as responsabilidades e mantemos contato com os colegas dos laboratórios de campo, em sintonia direta com as áreas de Qualidade e Segurança.
Esse contexto era exatamente o que precisávamos para melhorar continuamente nossas entregas aos clientes e nossos serviços como um todo. Por exemplo, se encontramos uma não conformidade em uma inspeção em um laboratório no Pará, tratamos isso de forma abrangente para todos os laboratórios, inclusive o Laboratório Central. A gestão das tratativas é feita por um responsável para cada área, envolvendo a parte técnica e, quando necessário, a equipe de Segurança e Qualidade como um todo.
Tudo isso traz maturidade e aprendizado ao nosso processo, pois aprendemos não apenas com os erros, mas também com os desvios que podem ocorrer nas outras estruturas instaladas no cliente. A partir disso, surgem planos de ação corretivos com foco em melhoria contínua.
Imagem do Laboratório Central da Chammas
Esse processo envolve toda a equipe, certo?
TADEU CASTRO: Exato. Toda a equipe está interligada. Temos reuniões semanais de Plano de Desenvolvimento de Competências (PDC) com todos os gestores dos projetos, onde discutimos vários pontos de forma proativa: qualidade, gestão de calibração de equipamentos, documentação de qualidade do cliente, aderência aos indicadores de prazos dos ensaios e tratativas de desvios.
Fazemos a gestão de acompanhamento dos projetos que não estão fisicamente próximos da estrutura central, seja remotamente ou por inspeções de campo, com o acompanhamento de um coordenador técnico de campo e nossa coordenadora de Qualidade. Isso permite o registro de não conformidades e a verificação de aderência aos diversos requisitos da norma e da nossa metodologia interna.
Essa abordagem proativa, de não deixar “pontas soltas”, torna nosso trabalho transparente e facilita auditorias internas e externas. É assim que criamos uma melhoria contínua no processo, entregamos mais valor ao cliente e garantimos confiabilidade, padrão e qualidade nos resultados.
A acreditação foi incorporada pela equipe desde o início?
TADEU CASTRO: Sim, percebo esse trabalho em todos, do auxiliar de laboratório ao coordenador de Qualidade e gestor de planejamento. Todos estão engajados e têm o sentimento de trabalho concluído, entendendo que, desde que cada um faça sua parte, o processo não é desgastante para ninguém.
Qual é o grande objetivo de todo esse processo?
TADEU CASTRO: O nosso grande objetivo é a acreditação, mas não implantamos o sistema de um dia para o outro. Nós implantamos esse sistema, desenvolvemos metodologias e colocamos essas metodologias em prática em toda a nossa estrutura de laboratórios. Hoje, tudo o que temos implantado e recomendado para a acreditação no nosso sistema de gestão no Laboratório Central foi testado em todos os nossos laboratórios de campo também.
Aliás, essa é a minha instrução para a área de Qualidade do laboratório desde o início: “Quero um sistema de gestão que seja aplicável e extensivo às outras estruturas.” A recomendação para a acreditação na ISO 17025 vem como coroamento desse trabalho de construção de toda a documentação, de confecção dos nossos fluxos de trabalho, de entendimento dos nossos processos e de melhoria contínua onde for necessário.
Percebo na sua fala que todo esse processo foi incorporado pela equipe, né? Então, quando a auditoria chegou, vocês já tinham entendido o modus operandi; já era algo que tinha sido incorporado ao DNA da empresa. Como foi essa coroação?
TADEU CASTRO: Fico muito grato porque vejo esse trabalho em todos, seja do auxiliar de laboratório, coordenador de Qualidade, gestor de planejamento ou técnico do laboratório. Essas pessoas são meus braços e minhas pernas ali dentro. Vejo isso acontecendo há um ano: todo mundo trabalhando em equipe. É lógico que temos alguns conflitos e oportunidades de melhoria e alinhamento. Mas, no final, vimos que todos estavam muito engajados. A equipe estava motivada com a recomendação, com um sentimento de trabalho concluído e entendendo que, desde que cada um faça sua parte, o processo não é desgastante para ninguém.
Entendemos juntos o sentido da melhoria contínua e a importância de estarmos abertos a assumir erros e buscar melhorias. Estar aptos a aprimorar, com a mente aberta, nos permite desenvolver sempre melhores processos, técnicas, tecnologias e ferramentas — desde ferramentas de BI até soluções para o dia a dia, que possibilitem melhor execução do trabalho, com segurança e qualidade.
Durante a recomendação, os auditores observaram nossa equipe e a segurança na execução dos procedimentos. Eram equipes distintas, mas alinhadas, que falavam a mesma língua e tinham conhecimento do processo, assim como das práticas de Qualidade e metodologia com as quais trabalhamos.
A Chammas sempre realizou um trabalho com qualidade e zelo pelo dado técnico e pela execução da metodologia, conforme as normas. Isso antecede a minha chegada ao laboratório. Quando entrei, encontrei uma empresa com um papel muito consultivo para o cliente, com recomendações, trocas de informações e técnicas que contribuem para o negócio.
Quando está enraizado na cultura, se torna muito mais fácil. Acho que por isso foi bem-sucedido, porque, desde o início, as pessoas não tiveram grande dificuldade para entender o nosso propósito. Tudo já fazia parte da nossa cultura. Não havia ninguém no time que não estivesse comprometido com o resultado, em executar o trabalho com zelo e observação.
E os colaboradores vibraram muito com o resultado?
TADEU: Sim, sim! Não tivemos grandes surpresas. Ficamos surpresos de não termos tido surpresas nesse processo [risos], sabe? Nesta reta final, estávamos trabalhando intensamente com os colaboradores, tranquilizando-os de que o trabalho foi realizado durante todo o ano. Claro que houve momentos de nervosismo, um frio na barriga [risos]. Mas os auditores foram muito próximos no sentido de verificar se o processo estava adequado, sem desvios, e tudo de uma forma humana de auditar e tratar as pessoas.
A equipe vibrou, lógico! Mas, no final, eles estavam tranquilos. Quando se deram conta, a inspeção já tinha acabado. Não houve observações. Passamos por esse processo de segunda a quinta-feira (21 a 24 de outubro de 2024) e, quando menos esperavam, o processo terminou. A equipe tinha a impressão de que haveria uma inspeção final ou que seriam questionados. Mas, para a surpresa deles, não houve nada inesperado [risos].
É claro que sempre fica um frio na barriga no início. Agora, sabemos o que temos que melhorar, conhecemos nossas falhas e estamos propondo melhorias. Essa é a grande virtude de buscar uma acreditação: ter processos claros e visualizar as melhorias para definir ações coletivas, com o envolvimento de todos.
A Qualidade não se faz com apenas uma pessoa; é o envolvimento de todos. Isso dá tranquilidade para quem, desta vez, não passou por auditoria. Deixamos claro que todos estão aptos a serem auditados em um futuro próximo. E pretendemos começar o ano [de 2025] com o aumento do nosso escopo, principalmente para os ensaios que fazem parte do nosso negócio e que executamos com maior frequência, como ensaios especiais e de caracterização que fazem parte do nosso dia a dia.